O VINHO E SUAS COMBINAÇÕES NA CULINÁRIA


Uma regrinha é básica: vinhos tintos (fortes) anulam os peixes e frutos do mar. Vinhos brancos (doces e aromáticos) brigam com as carnes escuras. Porém, como toda regra tem sua exceção, não deixe de tomar um grande vinho só porque a combinação não é perfeita. As dicas a seguir são apenas uma ajuda. Para dominar a arte é preciso fazer um curso. Em Belo Horizonte há algumas opções: Belo Vinho (http://www.belovinho.com.br/cursoiniciacao.jsp); Casa Rio Verde (www.casarioverde.com.br/) dentre outras.

Abaixo, algumas regrinhas que ajudam bastante: 

Variedades
(uvas)
Características
Combinações
BRANCOS


Riesling (Itálica)
Cor clara, pouco perfume no aroma, sabor seco, mas agradável. É a variedade que mais aparece nos rótulos brasileiros.

Frios, ovos, peixes defumados ou grelhados, carnes brancas em geral.


Semillon
Cor ligeiramente amarelada, pouco aromático, sabor mais encorpado, seco (no Brasil). Na França entra na composição do mais famoso Sautemes, adocicado.
Frutos do mar, queijos de massa mole (Brasil). Sobremesas, exceto as de chocolate e patês à base de fígado (Sautemes).

Sauvignon Blanc
Cor leve, pálida, aroma mais intenso, lembrando frutas e ervas, sabor refrescante.
Peixes grelhados, frutos do mar, carnes brancas, massas leves.

Chardonnay
Cor que vai do amarelo pálido ao amarelo vivo. Aroma frutado quando jovem e lembra amêndoas quando envelhecido. Sabor intenso.
Moluscos, queijos de massa leve, tortas secas (nozes, amêndoas).


Gewurztraminer
Cor clara, aroma e sabor bem típicos: perfumado, elegante, recordando especiarias. Os brasileiros não têm todas essas características.
Fígado de pato, frango ou pato com molho adocicado ou de especiarias e massas ao molho branco (leves).
Trebbiano (Saint-Emilion ou Ugni Blanc)
Cor clara, aroma fraco, sabor de pouca personalidade (um pouco amargo).
Frios, porco, carnes brancas e grelhados.
                                     TINTOS



Cabernet Franc
Cor viva, brilhante, com aromas de framboesa, sabor de ervas. É a variedade mais citada nos rótulos brasileiros.
Queijos meia-cura (Minas, Camembert, Brie, Gouda e Emmentall), massas leves com molho à base de tomates, carnes de boi m molho não muito pesado.



Cabernet Sauvignon
Cor densa, com aromas diversos, sobressaindo-se os de amora e violeta. Sabor intenso quando jovem, mas com muita acidez e tanino. Envelhecido, torna-se fino e agradável. Bom para guardar.
Carnes (bovina e caprina), aves nobres, queijos de massas dura como parmesão, de cabra e minas curado.


Merlot
Cor escura, encorpado, com aroma rústico, lembrando especiarias. Sabor ao mesmo tempo seco e intenso. Envelhecem bem.
Massas, carnes escuras (caças), queijos picantes (Boursin, Roquefort, Gorgonzola) e cozidos em geral.


Gamay
É a uva dos famosos vinhos Beaujolais. Cor clara, quase transparente, de aroma frutado, sabor refrescante. Deve ser bebido jovem, ligeiramente refrigerado.
Alguns peixes (bacalhau, enguia), frango, vitela, coelho, porco e presunto.


Pinot Noir
Cor viva, aroma pronunciado e variado. Sabor redondo, agradável. Uva usada para grandes vinhos tintos, alguns rosados e também para o champagne (só o sumo).
Carnes de caça, carneiro, galinha-d’angola. Acompanha bem rosbife, galeto, queijos de massa fresca, frios em geral.

Barbera
Cor e aroma fortes, sabor um pouco áspero, sem muita definição
Massas, carnes, cozidos (ensopados), cabrito.

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